sábado, 4 de julho de 2009

The road taken

Por que é que a nossa vida sempre chega naquele estágio igualzinho a uma prova de múltipla escolha? Existem quatro alternativas - a, b, c e d. Dentre elas, uma é sempre obviamente errada; a outra não é tão óbvia, mas com um pouco de conhecimento, a gente sabe que ela deve ser eliminada. Restam sempre duas. Duas possibilidades, dois caminhos, duas realidades. Cada uma leva a um destino diferente, e só uma delas está certa, só uma - e não sabemos qual. Pesamos, analisamos, ponderamos, imaginamos o resultado de cada uma dessas escolhas, e mesmo assim não dá pra ter certeza do que fazer. Finalmente, depois de quebrar muito a cabeça, a gente opta por uma delas, com receio e esperança, e marca um x pra consolidar a decisão. Dá aquele nó na garganta, aquela preocupação, mas a gente tem que decidir, uai! E a gente decide. E pensa naquela outra alternativa que ficou pra trás. Aí a gente volta, analisa de novo, pensa de novo, tudo de novo, apaga aquele x e escolhe a outra resposta, aos quarenta e oito do segundo tempo. No susto. E descobre que ela estava errada. Dá aquela sensação de que entramos na rua errada - em Brasília! -, e aí o retorno demora, temos que andar uma vida, ir de um lado a outro da cidade pra tentar voltar, andando na direção contrária, vendo pela janela o nosso destino se tornar um pontinho bem distante. Quando finalmente encontramos o retorno, já é tarde e não há mais nada a se fazer... Putz, a vida bem que podia ser mais fácil... humpf!

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