quarta-feira, 31 de julho de 2013

May the light come in!

Uma das coisas mais lindas que eu já vi nos últimos tempos:

http://www.youtube.com/watch?v=LJIWbd9_4Is

E se você acha que está apto a ensinar QUALQUER coisa, lembre-se da mensagem acima...

CULTURA MUDA TUDO!!!

terça-feira, 30 de julho de 2013

Esse cara

"
O que era sonho se tornou realidade
De pouco em pouco a gente foi erguendo o nosso próprio trem,
Nossa Jerusalém,
Nosso mundo, nosso carrossel
Vai e vem vai
E não para nunca mais
De tanto não parar a gente chegou lá
Do outro lado da montanha onde tudo começou
Quando sua voz falou:
Pra onde você quiser eu vou
Largo tudo
...
"
http://www.youtube.com/watch?v=Bpfw47x5a90

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Welcome to dois mil e GALO

Poderia começar essa postagem falando da fantástica campanha do MEU time, sim, MEU time - na alegria e na tristeza, na saúde e na doença - desde a disputa do brasileiro. Poderia fazer uma análise cronológica de cada partida, de quem fez os gols, de quem fez bonito, mas isso vocês já sabem, e isso já tem muito profissional fazendo pra nós com destreza. Poderia também elogiar a torcida, que acreditou até o último minuto, que sempre acredita, mas o Brasil inteiro sabe que ser atleticano vai muito além de assistir a um jogo e vestir a camisa um dia depois da vitória - basta dizer que o SAMU ficou bem atarefado durante essa Libertadores, só mesmo para servir de exemplo.

Prefiro levar vocês à porta do Mineirão no dia 24 de julho de 2013. Dia tenso para os atleticanos, que precisavam de dois gols de diferença para irem para as prorrogações e possivelmente - ou melhor, provavelmente, porque é do Galo que nós estamos falando - chegarem aos pênaltis. Não vou nem entrar no mérito dos torcedores de certos times, que só tiram a camisa do armário quando o time ganha, que só vão ao estádio quando a partida já está ganha. No dia 24 de julho de 2013, os atleticanos novamente lotaram as ruas, o campo, os ônibus e os carros a caminho do Mineirão, ainda que não tivesse mais jeito de comprar o ingresso. Às oito da noite já estávamos lá: eu, meu primo Bruno e seu enteado João Pedro, em frente ao Mineirão junto com um corredor de pessoas que, assim como nós, acreditavam e gritavam para mostrar a sua força. Depois das lágrimas a cada fim de jogo, aguardávamos a final da Libertadores com uma mistura de medo e certeza de que, se dependesse da torcida, a vitória seria certa. Todas aquelas pessoas acreditavam, e sentir aquela energia foi talvez a mais poderosa das sensações que já experimentei. Não havia classe social, raça, preferências sexuais ou políticas naquele momento, apenas uma multidão que se ajoelhava no chão e, de posse dos seus patuás, pedia a Deus e a todos os santos por pelo menos um gol no primeiro tempo. Começamos ouvindo o jogo no bar do Peixe, mas ouvir um jogo sem ver pode ser desesperador, acreditem. Resolvemos tentar encontrar uma televisão lá pelas tantas, a ansiedade era muita. Achamos um galpão na Abrahão Caram, onde os peões tinham dado uma trégua no serviço e se espremiam junto a uma TV de 14 polegadas. O gol não saiu. 

Coração apertado, fomos comer um sanduíche, sem saber qual seria o desfecho daquela noite. Sem saber, nunca sem acreditar. Perguntei ao meu primo Bruno: você ainda acredita? Ele me olhou no fundo dos olhos e disse: Érika, eu sou atleticano. Eu acredito até o último minuto. Ganhando ou perdendo, eu SEMPRE vou estar aqui pelo meu time, sempre vou ter orgulho de ser atleticano. Precisava daquelas palavras. Ainda com meu sanduíche na mão, decidi que deveríamos ir andando até o posto em frente ao Mineirão - chegando lá, o primeiro gol. Tudo o que eu conseguia fazer era chorar e abraçar minha bandeira, e beijar o escudo na minha camisa repetidas vezes, e pensar "É isso - a gente vai ganhar esse negócio". Como todo atleticano que se preza, entendi que para o Galo ganhar não poderia assistir nem ouvir o jogo, e deveria permanecer no mesmo lugar onde ficamos sabendo do primeiro gol. Assim ficamos, de pé em frente ao Mineirão, olhando praquele caldeirão e esperando ele ferver, esperando a sopa de pônei ficar pronta. 

O tempo passou e o segundo gol não saía. Perguntei a um cara do meu lado sobre o tempo de jogo e ele falou 39 minutos. Putz! Ocorreu-me que estar ali não seria uma boa ideia se o Galo não ganhasse, e combinamos de ficar ali, na mesma posição, por mais cinco minutos. O posto em frente ao Mineirão tinha sido fechado com grades para que só pessoas que pagassem uma consumação mínima pudessem ficar lá dentro, mas depois de duas brigas entre atleticanos antes mesmo do início do jogo, achamos melhor sair de lá - foi exatamente quando a Galoucura invadiu, com suas caras nada boas e seu jeito de poucos amigos. Seria feio, tinha muita gente lá, muito choro, expectativa - mas ao mesmo tempo sabia que íamos acabar ficando lá até o último apito. Aos 43, o segundo. A galera pirou!!!!! Os torcedores corriam desesperados pela rua, abraçavam outros torcedores que jamais abraçariam em outra circunstância - playboys, marginais, gays, coxinhas, caipiras, patricinhas, periguetes, funkeiras, rappers, gente como eu, que chorava como criança e agradecia a Deus sem parar porque não conseguia fazer outra coisa. 

Depois da última cobrança de pênalti dos cavalos paraguaios, ninguém conteve a emoção - a gente era campeão da Libertadores, campeão da Liberadores, campeão da Libertadores!!!!!! A torcida invadiu o estádio e o Mineirão ficou pequeno pra nós. Fomos embora ouvindo a Itatiaia, chegamos em casa e ligamos a TV pra ver os melhores momentos, as análises técnicas, e eu só fiquei pensando no "Muito obrigado - o time todo" que ecoou dentro daquele caldeirão mágico. Tendenciosa ou não, preciso deixar meu muito obrigada especial a meu herói RG, o cara que acreditou no Galo e que fez com que todos os jogadores, a comissão técnica e TODA a torcida acreditassem também. E bem lembrado, Lelé: São Vitor não é desse mundo, e salvou o nosso time - ainda que agradecer a santo seja sempre clichê ;) Nós somos do Clube Atlético Mineiro - jogamos com muita raça e amor - vibramos com alegria nas vitórias - e é isso que nos define enquanto atleticanos. Vibra, Galo, vibra - faz tremer essa cidade, esse país, que essa vitória é nossa! E a quem não acreditava ou não acreditou, lembrem-se sempre: YES, WE C.A.M.

terça-feira, 23 de julho de 2013

O importante é saber boiar!

Bordão da família há tantos anos, qual não foi a minha surpresa ao descobrir que essa frase saiu da minha boca, do alto de meus três anos de idade. Contou minha tia que, durante um papo cabeça com minhas primas um pouco mais velhas, elas puseram-se a falar de suas habilidades, na tentativa de contar vantagem. Ouvi tudo que elas tinham a dizer em silêncio e ao final, com a mão na cintura, falei com firmeza: o importante é saber boiar - e eu sei. Tá aí um lema pra levar pela vida afora - quando tudo estiver dando errado e você achar que não há saída, lembre-se: o importante é saber boiar - espero que você saiba.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Bambolê

Jurei que não iria mentir
que não iria falar
e você achou
que eu ficaria aqui
a rodar o mundo
sem sair do lugar.
Longe que era perto
rosa do deserto
tempo me queimou
voo de peito aberto
e um calor incerto
pelo que restou...
.
.
.
Lágrimas de teimosia
coisas que você dizia
e talvez sempre dirá;
brisa, caos e poesia
desapego que angustia
antes de você passar.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Butterflies

Quando penso nas melhores coisas que já me aconteceram, fica difícil precisar exatamente quando tudo começou. De repente eu estava lá: viajando, dançando, estudando, me apaixonando, descansando a cabeça, produzindo... sonhando com o que ainda não tinha acontecido, confabulando com meus botões o que será que poderia acontecer se ou quando eu estivesse lá naquele lugar onde eu secretamente me colocava. Até concordo que o tempo organiza, mas deixar que ele passe sem pensar em outra coisa... é tão libertador quanto pegar chuva após uma escova - não há nada que você possa fazer além de sorrir e pensar que certamente haverá outro momento para ser mais bonita e produtiva. A passos lentos, você caminha pelo dia mais ensolarado do inverno e pensa: a vida é mesmo cheia de agradáveis surpresas...

sábado, 13 de julho de 2013

Magali

Ninguém disse à Magali que ela teria celulite e precisaria saber lidar com isso. Ninguém falou pra ela que doce demais dá diabetes, que gordura aumenta o colesterol, que a era do metabolismo acelerado tinha dia e hora para terminar. Ninguém a informou que a Mônica poderia deixar de ser sua melhor amiga por mera questão de afinidades, ou que o apreço pelo dinheiro e o apoio às minorias colocariam o Cascão e o Cebolinha em grupos de pensamento distintos, e que todos eles acabariam se rendendo à auto-promoção via facebook. Certamente ela não foi avisada que sua casa na rua do Limoeiro seria trocada por um apertamento em um prédio de luxo com varanda gourmet e área de lazer construído no lugar, e que um dia seu pai teria dificuldades financeiras e ela teria que trabalhar para pagar por suas guloseimas. Ninguém contou à Magali que ela não seria magra para sempre, feliz para sempre ou que ela se casaria e continuaria a procurar pelo amor, e acordaria every other day cheia de dúvidas a martelarem-lhe os miolos durante o chá da manhã. Ninguém contou à nossa amiga que crescer seria difícil - ou talvez ela já soubesse disso há muito tempo, e por esse motivo tenha optado por passar a vida dentro de uma revistinha, a brincar com seu vestido amarelo, seu gato, seus amigos, o Quinzinho e suas doces melancias.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

White dove

Aproveito-me da energia que vem com o poder de cada palavra e calo-me com consciência. Em certas ocasiões sou obrigada a ater-me em reverência ao que idealmente não me agradaria, movida pela fé que coloca todos os seres em seus devidos lugares, pré-purgação, pós-penitência. Por vezes uma única atitude condenável de um terceiro adoece meu casulo terreno, enegrece minhas energias vitais, turva minhas vistas com ira, fadiga e a mais pura e sincera desesperança. Sinto-me fraca demais para continuar a caminhada com a resignação que minha fé demanda, e ainda assim não deixam de chegar-me aos ouvidos conselhos e mensagens de força - respostas vindas de terras distantes, de noites frias e tardes brandas.

Um dia desses, numa dessas conversas de fim de tarde, surgiu a danada dúvida cruel: digo, não digo ou desdigo o mal que já está quase feito? Antes que pudesse tomar partido, no entanto, saboreei uma porção de desencanto quando você disse o que não devia ser dito. O gosto daquela verdade feia aguçou os meus sentidos como fruta azeda a ferir-me o paladar e a doer-me os ouvidos; aquele pedaço de alma desalmada foi e voltou pela minha garganta um milhão de vezes sem que pudesse ser digerido. Não virou ferida, não - virou borboleta que saiu voando depressa pelo mundo afora, doida pra espalhar a notícia: segredos da alma fazem parte da vida, e certas coisas são tão erradas que precisam bater asas antes de virar palavra, para nunca serem ditas.

In-cômodo

Sinto sua falta daquele jeito que não se explica, naquele mundo em que não somos nem ricos nem bonitos porque isso não faz diferença. Sinto sua falta e acho que essa história de que o amor romântico é impossível não faz muito sentido - a gente só não quer pagar pra ver o barulho que essa bomba vai fazer quando estourar porque pode ser que um dia doa e doer não vale a pena. Uma tristeza não compensa dez felicidades, você pensa, porque dói e doer não cabe na nossa vida pequena, rápida, trivial e cheia de imediatismos e vãs prioridades. I can't be bothered tornou-se o nosso motto, e a (des)ilusão nosso mais novo cup of tea. No fim das contas, prefiro sentir sua falta:  é bem mais cômodo que pensar em como seria minha vida com você.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Sheepwolves

How many times can we be wrong about the same thing? How many times can we be sure about what's best, what's ideal or what we have to do? A leaf was about to fall from my selfless tree and I almost let it go... So many stories I've created because I believed I truly needed each and every one of them. So many fields I've crossed, barefoot, covered with fear, desire crushed by my long fingers throughout foggy days which didn't end... The closer I feel to my soul, the more I can see: arrogance, ignorance, disguised expectations, lonely hearts lost in the midst of countless intentions... the rest is just poor theatrics. I was given the gift of learning through words, and what I've heard so far has saved me from vultures and wolves that, in my dreams, came kiss me good night dressed like sheep.