quinta-feira, 8 de julho de 2010

Contos de solteira

Entrou e sentou-se à mesa sem ser convidado. Bebeu do meu vinho e contou histórias sobre a vida em outros planetas. Fiquei animada. Bebeu um pouco mais e recitou belos poemas, dos refinados aos ordinários. Citou Bukowski e Augusto dos Anjos. Fiquei maravilhada. Pediu mais uma garrafa e tirou uma viola do bolso da calça. Com ela ensaiou todas as prediletas, num fervor de queimar o peito. Fiquei inacreditavelmente atraída. Levantou-se, caiu e do chão não saiu mais. Fiquei perplexa, paralisada... e sozinha.

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