quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Pai nosso

Meu pensamento é caetanístico; meu sarcasmo é genético. Meu humor é cítrico. Minha vileza... tântrica. Minha competência é felina; minha língua é afiada. Meu capricornianismo cheira a talco. Minha sagacidade é lenta, minha percepção é supersônica. Meu bom gosto é palpável, meu paladar é gástrico. Minha morbidez é poética, minha boemia é cadente. Minha insatisfação é descuidada. Meu sonho é distante. Meu viver é calvo, meu existir é surpreendente. Minha tranquilidade é aflita; meu alterego é vibrante. Perigoso? Não se iluda: posso ser seu melhor sonho, seu pior pesadelo. Essas águas são poluídas. Meus genes já nasceram corrompidos. Jamais e sempre serei melhor que antes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário