quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Ilha do Sono

Quanto tempo faz? Longo... curto? Já não sei, não faz mais a menor diferença. Padeço de patologia desconhecida, escondo-me em esquinas que se esqueceram de notar meu estar ali. No italiano ser é estar; no inglês também. Neste momento me pergunto por que foi que em algum momento teimamos em estabelecer tal distinção. Não estou triste - eu sou triste, e o bem estar me faz algumas visitas ocasionais. Eu creio no que não existe - cá entre nós, há nessa vida algo mais desgastante? Aqui não está bom - lá vai ser? Preciso mesmo me encontrar em algum lugar dessa terra? . Preciso findar a guerra que há tempos travei comigo. Deixar ir o que não puder ficar, assumir a culpa, culpar o cigarro ou a televisão. Leio, leio e creio mais em minha imaginação e menos no rumo das coisas a cada página. Confuso, mas talvez a alienação fantástica seja a máscara mais leve e mais bonita. O show de Truman mora ao lado... Não consigo respirar, como me dói a cabeça! O que fazer quando não se é e não se está? Minhas asas foram quebradas e ainda assim tento sair... Complicada, cem por cento errada. Cantar ou escrever? Pode ser essa a solução do meu problema. Cantar e escrever, ser sem deixar de estar. Acreditar que nunca é tarde para programar minha partida. 

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