quinta-feira, 15 de maio de 2014

Barulhinho

... e de repente era como se você nunca tivesse existido, como se nunca tivesse saído da minha vida sem deixar rastro, talvez por nunca ter de fato adentrado esse meu universo para você fugaz, para mim ilustre desconhecido. optamos por não fazer alarde e essa opção desaguou em um mar de palavra nenhuma, que nenhuma palavra carecia sair da sua boca, já que na minha ruminava um bolo de figurinhas repetidas. medo, carência, sozinha, dor, culpa, amigo, espera, ombro, difícil... aiai... cansaço. e de repente você se levantou, pôs a viola nas costas e sumiu porta afora, disposto a encontrar um mundo onde as mulheres não são temperamentais e os homens querem mais é ir vivendo. fácil sem ser simples... claro no escuro...? e eu achando que... ah! preciso viver a dor ou o amor pra escrever bonito. falta de assunto me remete a histórias banais. mas será que... olho para trás e não vejo sequer a porta aberta, porque não há porta, porque não há... porque não... nada, não; só um barulhinho bom no calor da noite.

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