quarta-feira, 30 de julho de 2014

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Ela saiu às 5 da tarde de uma quarta-feira qualquer. Levava consigo doses de coragem espalhadas na mala, na mala uma confusão de coisas das quais desejava não precisar mais. Simples não era; nada o seria, bradava o coração louco por uma resposta. As pernas se moviam confusas, sem certeza iniciaram uma rota que haveria de compensar a dormência dos pés e das mãos. Parou para sentir sua presença de repente - as bochechas ardiam-lhe como balões a gás. Espasmos involuntários a despertaram do transe de poucos em poucos minutos. Então isso é decidir... Riu de si para si um riso sem alegria ao constatar que o corpo a abandonava. No alto da torre a cabeça funcionava sozinha.

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