sexta-feira, 27 de junho de 2014

Cardiopatia

O carinho é uma coisa perigosa. Vira arma branca na mão de quem pode oferecer... e moeda de troca valiosa pra quem quer receber. É um paliativo pros que sofrem de solidão (e de quebra arranca sorrisinhos de todos os tipos daqui e dali). Já vi gente dar meia-volta e caminhar a passos largos na direção oposta por um pouco de carinho. Só um pouquinho... E como se não bastasse, a noção de carinho acabou que meio que se perdeu. Hoje em dia carinho é sexo, é um carro novo, uma lipo, um "e aí, comequitá?", uma linha cafajeste no whatzapp. Raros são aqueles que se dispõem a pôr a mão na massa. Mas vocês me conhecem: quando eu cismo com uma coisa, é difícil dar outras cores pra ela na minha cabeça. E eu cismei que carinho é algo que vem de dentro, de graça, quando se tem vontade. É mesmo, né? Só tem um detalhe: pra ele valer, meu coração tem que bater três vezes. Parece bobagem, mas é impressionante o que acontece quando ele bate. Moral da história: a gente dá é muita trela pro nosso coração...

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