Seis da tarde;
dia quente.
A claraboia
pinta o céu
ao nosso alcance.
Sombras finas
se enfumaçam
tomam forma
se transformam
com ternura
incandescente
reacendem
o azul aparente
o torpor de antes.
O verbo vira
exclamação!
a última canção
chama pelo sol
poente
as nuvens se movem
vestem as cores
da noite
gatos pardos
desfilam orgulho
pelos telhados
e a novidade,
velha de repente,
vai-se por onde veio
esvai-se na penumbra
de um dia cheio,
sem pudor
amor
ou outra chance.
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