segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Mary Voz


Gente, olha que lindaaaa a minha professora!

https://plus.google.com/101474770648917380955#101474770648917380955/posts

Emocionante... Doce como vc, teacher ;)

Mary Voz


Gente, olha que lindaaaa a minha professora!

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Emocionante... Doce como vc, teacher ;)

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Head cornerstone

'cause the things people refuse
are the things they should choose
Do you  hear me? Hear what I say!

Head cornerstone

'cause the things people refuse
are the things they should choose
Do you  hear me? Hear what I say!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Sticks and stones and broken bones

One lost face in the crowd
two more souls dying to be found
and all those hearts secretly begging for peace
as you try to find yourself at ease
in your own holy ground
wherever that is
whenever you please
for all disgust shall turn around
and all them whistles shall die down
if you're safe once again
and if my sunbeam won't restrain
the colours of your gloom
that's beyond your domain
of fortune or doom;
no reason to understand
why there are ends
so we're blessed with new beginnings
cursed with new spices
bored with steady meanings
thrilled with sacrifices
till a point where it seems
no one else is to blame -
our friends and foes are just about the same.
One lost face in the crowd
two more souls dying to be found
while we're taken, shaken, carried away
by the waves of the sound
lust in space
sour embrace
impulsive regrets
and yet no harm done -
we will always be waiting for the sun.
Still
once this very day kneels
the fancy dress shall be misplaced
the wild desire shall be outraced
by pure thinking.
Let us all experiment a day without sinking.

Sticks and stones and broken bones

One lost face in the crowd
two more souls dying to be found
and all those hearts secretly begging for peace
as you try to find yourself at ease
in your own holy ground
wherever that is
whenever you please
for all disgust shall turn around
and all them whistles shall die down
if you're safe once again
and if my sunbeam won't restrain
the colours of your gloom
that's beyond your domain
of fortune or doom;
no reason to understand
why there are ends
so we're blessed with new beginnings
cursed with new spices
bored with steady meanings
thrilled with sacrifices
till a point where it seems
no one else is to blame -
our friends and foes are just about the same.
One lost face in the crowd
two more souls dying to be found
while we're taken, shaken, carried away
by the waves of the sound
lust in space
sour embrace
impulsive regrets
and yet no harm done -
we will always be waiting for the sun.
Still
once this very day kneels
the fancy dress shall be misplaced
the wild desire shall be outraced
by pure thinking.
Let us all experiment a day without sinking.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Crepuscular

Assisto ao anoitecer tardio de minha cidade pendurada ao topo de sua existência, feliz por ter comigo um bloquinho, uma caneta, um mp3, um coco gelado e uma capa de chuva que barra o vento e os pensamentos de São Pedro para os próximos tantos minutos. Daqui de cima tudo é bonito, equilibrado... digno, sabe? Justo. É o que se vê do topo da nossa ignorância: isonomia. E o pior é que não sei se preferiria que o mundo fosse assim, tão azul. Afinal, preciso ter o que escrever!

Crepuscular

Assisto ao anoitecer tardio de minha cidade pendurada ao topo de sua existência, feliz por ter comigo um bloquinho, uma caneta, um mp3, um coco gelado e uma capa de chuva que barra o vento e os pensamentos de São Pedro para os próximos tantos minutos. Daqui de cima tudo é bonito, equilibrado... digno, sabe? Justo. É o que se vê do topo da nossa ignorância: isonomia. E o pior é que não sei se preferiria que o mundo fosse assim, tão azul. Afinal, preciso ter o que escrever!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Laços de cetim

"Dentro de cada pessoa
Tem um cantinho escondido
Decorado de saudade
Um lugar pro coração pousar
Um endereço que freqüente sem morar
Ali na esquina do sonho com a razão
No centro do peito, no largo da ilusão
Coração não tem barreira, não
Desce a ladeira, perde o freio devagar
Eu quero ver cachoeira desabar
Montanha, roleta russa, felicidade
Posso me perder pela cidade
Fazer o circo pegar fogo de verdade
Mas tenho meu canto cativo pra voltar
Eu posso até mudar
Mas onde quer que eu vá
O meu cantinho há de ir..." (Marisa)


Esse aí ao lado é o meu cantinho, meu momento de pensar que, ainda que tantas coisas estejam erradas,  sinto-me feliz pelas tantas que hoje estão quase certas...

Laços de cetim

"Dentro de cada pessoa
Tem um cantinho escondido
Decorado de saudade
Um lugar pro coração pousar
Um endereço que freqüente sem morar
Ali na esquina do sonho com a razão
No centro do peito, no largo da ilusão
Coração não tem barreira, não
Desce a ladeira, perde o freio devagar
Eu quero ver cachoeira desabar
Montanha, roleta russa, felicidade
Posso me perder pela cidade
Fazer o circo pegar fogo de verdade
Mas tenho meu canto cativo pra voltar
Eu posso até mudar
Mas onde quer que eu vá
O meu cantinho há de ir..." (Marisa)


Esse aí ao lado é o meu cantinho, meu momento de pensar que, ainda que tantas coisas estejam erradas,  sinto-me feliz pelas tantas que hoje estão quase certas...

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Kerouac

Ele me ensinou o querer da forma mais voraz porque assim também ele me quis; me moldou de acordo com seus desejos mais joviais. Dissemo-nos músicas inteiras, bradamos contos de livros diversos aos quatro ventos, brigamos e fizemos amor pelos quatro cantos de nosso pequeno-grande universo, devoramo-nos ao som de bons filmes e baboseiras sem sentido saídas de dentro da mesma televisão. Um dia divagou tranquilo sobre On the road, anos atrás. Não prestei muita atenção, ainda que ele tivesse me mostrado de relance uma coleção do Raul e outra do The Doors. Depois veio a matemática e molhou todos os discos de rock, as camisetas do Bob e aquelas fotos em que ele estava sempre tão bonito, talvez porque nem soubesse que um dia teria tanto a dizer. No amor penso que teve sorte: acha minha loucura engraçada, e ainda hoje me olha como se cada pedacinho de mim fosse de chocolate -  me sinto a Audrey Hepburn...

Claro que tem o capitalismo e essa babaquice toda que vem com ele, que transforma velhos amigos em adversários na corrida maluca até o carro maior e a casa mais bonita, mas um dia notei que não era isso que o afligia. Não era isso... mas o quê? Ele falava, falava, mas nada dizia, até que ventos uivantes fustigaram o último suspiro da sua obstinação. Você entende que a bandeira branca não é uma solução?, seus olhos murmuravam sôfregos e eu simplesmente não entendia.

O mar estava bravo quando decidiu ir à praia. Tirou os chinelos, a regata branca, olhou para os lados e caminhou vagaroso até a primeira onda. Pulou mais uma, outra, perdeu-se na água gelada. Deixou lá a falta de praticidade, a falta de tempo e o medo do escuro; voltou sereno, bronzeado, e arrisco-me a dizer que sorria. Tomou-me pelo braço e caminhamos juntos até uma livraria com cheiro de sol. Quero te dar um presente, ele disse, e me entregou em pouco tempo o primeiro livro que me daria: a biografia de Jack Kerouac. Uma retrospectiva rápida passou pela minha cabeça - o manual de patifaria de Schopenhauer em cima da escrivaninha, Anos Loucos, as menções a Allen Ginsberg, O Lobo da Estepe - leia também Sidarta, você vai gostar - e eu com medo que ele lesse O Idiota. Ele sabia; viu a luz quando eu nem sabia que ela existia. Ele nunca conseguiu ser doce, jamais resignado, mas tinha ideais. Aceitei o presente como um convite a conhecer o seu mundo secreto, a mim novo e admirável. Passei a prestar mais atenção às minúcias de nossas conversas e percebi como elas eram interessantes. Iniciara um novo romance cheio de mistério e alegria, cheio de novas verdades a alimentar velhas expectativas. A admiração é a alma do negócio, lembro de ter pensado com meus botões.

Esses dias encontrei uma edição de bolso de Brave New World sobre meu criado. Retrospectiva: esse livro mudou a minha vida, ouvi ele dizer várias vezes. A nova cópia era para mim - apaixonei-me pela sábia sutileza. Ele passara por Kerouac e achava que havia saído ileso do outro lado da porta; precisava agora entendê-lo, e contava comigo para encher sua vida de outras certezas e descobertas.

Entregou-me a chave de sua essência e deitou-se ao meu lado para dormir; de repente me emocionou toda aquela confiança. Vamos mudar o mundo!, me deu vontade de gritar bem alto. Apaguei a luz e virei pro outro lado. Abre caminho que eu vou logo atrás, on the road, meu coração bateu baixinho.  Dormi em paz.

Kerouac

Ele me ensinou o querer da forma mais voraz porque assim também ele me quis; me moldou de acordo com seus desejos mais joviais. Dissemo-nos músicas inteiras, bradamos contos de livros diversos aos quatro ventos, brigamos e fizemos amor pelos quatro cantos de nosso pequeno-grande universo, devoramo-nos ao som de bons filmes e baboseiras sem sentido saídas de dentro da mesma televisão. Um dia divagou tranquilo sobre On the road, anos atrás. Não prestei muita atenção, ainda que ele tivesse me mostrado de relance uma coleção do Raul e outra do The Doors. Depois veio a matemática e molhou todos os discos de rock, as camisetas do Bob e aquelas fotos em que ele estava sempre tão bonito, talvez porque nem soubesse que um dia teria tanto a dizer. No amor penso que teve sorte: acha minha loucura engraçada, e ainda hoje me olha como se cada pedacinho de mim fosse de chocolate -  me sinto a Audrey Hepburn...

Claro que tem o capitalismo e essa babaquice toda que vem com ele, que transforma velhos amigos em adversários na corrida maluca até o carro maior e a casa mais bonita, mas um dia notei que não era isso que o afligia. Não era isso... mas o quê? Ele falava, falava, mas nada dizia, até que ventos uivantes fustigaram o último suspiro da sua obstinação. Você entende que a bandeira branca não é uma solução?, seus olhos murmuravam sôfregos e eu simplesmente não entendia.

O mar estava bravo quando decidiu ir à praia. Tirou os chinelos, a regata branca, olhou para os lados e caminhou vagaroso até a primeira onda. Pulou mais uma, outra, perdeu-se na água gelada. Deixou lá a falta de praticidade, a falta de tempo e o medo do escuro; voltou sereno, bronzeado, e arrisco-me a dizer que sorria. Tomou-me pelo braço e caminhamos juntos até uma livraria com cheiro de sol. Quero te dar um presente, ele disse, e me entregou em pouco tempo o primeiro livro que me daria: a biografia de Jack Kerouac. Uma retrospectiva rápida passou pela minha cabeça - o manual de patifaria de Schopenhauer em cima da escrivaninha, Anos Loucos, as menções a Allen Ginsberg, O Lobo da Estepe - leia também Sidarta, você vai gostar - e eu com medo que ele lesse O Idiota. Ele sabia; viu a luz quando eu nem sabia que ela existia. Ele nunca conseguiu ser doce, jamais resignado, mas tinha ideais. Aceitei o presente como um convite a conhecer o seu mundo secreto, a mim novo e admirável. Passei a prestar mais atenção às minúcias de nossas conversas e percebi como elas eram interessantes. Iniciara um novo romance cheio de mistério e alegria, cheio de novas verdades a alimentar velhas expectativas. A admiração é a alma do negócio, lembro de ter pensado com meus botões.

Esses dias encontrei uma edição de bolso de Brave New World sobre meu criado. Retrospectiva: esse livro mudou a minha vida, ouvi ele dizer várias vezes. A nova cópia era para mim - apaixonei-me pela sábia sutileza. Ele passara por Kerouac e achava que havia saído ileso do outro lado da porta; precisava agora entendê-lo, e contava comigo para encher sua vida de outras certezas e descobertas.

Entregou-me a chave de sua essência e deitou-se ao meu lado para dormir; de repente me emocionou toda aquela confiança. Vamos mudar o mundo!, me deu vontade de gritar bem alto. Apaguei a luz e virei pro outro lado. Abre caminho que eu vou logo atrás, on the road, meu coração bateu baixinho.  Dormi em paz.