Realmente, simplesmente, não existe nada mais antisocial. Aqueles sujeitos que se entopem de droga pra dançarem sozinhos a noite inteira em frente à caixa de som da rave devem estar com inveja. Como é que se conversa perto daquilo? Como é que se assiste ao jogo, como se comenta? Mas que bobagem a minha, se esse nem é mesmo o objetivo... Com a epidemia das vuvuzelas, foi triste constatar o número de pessoas carentes no Brasil. Só na minha cidade deve haver pelo menos uma por prédio, todas elas berrando em alto e bom som - e agora vem o mais curioso - haja ou não haja jogo. Entendo como um apelo desesperado: já tem um pessoal usando a alegre buzininha pra chamar o amigo na porta de casa, pra (tentar) cantar mulher, pra substituir banda ou instrumento musical, pra dar susto atrás da porta, pra marcar presença, pra tanta coisa... pra dizer que torce. Quando assisto a algum jogo do Brasil na Copa me lembro da Galoucura no Mineirão. O hino, as músicas, as rimas, os tambores - a voz, o som das pessoas, a emoção de ver e ouvir o jogo. Amo futebol, mas quando assisto ao Brasil, meu peito se enche de angústia pela puta dor de cabeça que vem com essa nova moda. É só isso o que a gente escuta. Não tem ritmo, não tem sonoridade - só dói o ouvido. Será que quem está soprando essa merda sem parar não para um segundinho pra pensar que está atrapalhando todo mundo menos o colega dele que está com uma corneta enfiada na boca? Afinal, os bebês, os doentes e os cansados dessa palhaçada não viajaram pra outro planeta... Pelo amor de Deus, moçada, arrumem o que falar, inventem uma musiquinha nova! Lembrem-se que torcida é grito, é a nossa voz. Achei que o time do Dunga estava caidinho, mas tem que ser muito guerreiro pra jogar sob pressão da Globo e ainda por cima dentro dessa colméia itinerante...
Concordo em número, gênero e grau!!!!
ResponderExcluirÉ realmente "insuportable", não é?
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