Eis que ele passa,
orgulho em cada passada,
olhar destemido.
Existo.
Peito estufado,
andar passarelado.
Resisto.
Resisto e falo
sem dizer palavra;
resisto e calo
sem que nessa fala de corpo inteiro
exista mágoa...
Como se o mundo fosse justo
E existisse pala
em todo palco da vida –
como se a servitude de quem paga
pudesse apagar o trauma
de quem fica.
Eis que ele respira
e dá um passo certo,
certeiro,
rumo ao infinito
derradeiro
ao sol tangível,
visível
do que queima
mas não significa.
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