quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Momentum

 Momentos são angústias; fragmentos de astúcia, paz e caos... momentos são minúcias. Detalhes do que vemos nos guardam em segredo; segredos de outrora se guardam em degredo... fluímos cheios de intenções, a plenos pulmões - corações cheios de medo. Não é isso que Deus quer pra nós: uma mesa pra ceiarmos sós, uma vida sem calor de pai, uma cama sem uivos nem ais, um enlace cruel, atroz; Ele quer é casa com jardim, girassóis, canários, querubins, nãos bonitos pra chamar de sims... um sonho feliz, um amor feroz. Essa vida que me pertenceu, essa noite que me amanheceu vem me cumprimentar; te imagino sob a luz solar, me arrisco, mudo de lugar e ainda sou eu, sempre a duvidar do que vai ser... ansiosa por sentir o poder da fé, da promessa, do toque, do nosso axé, do dia que ainda não se vê. Somos filhos do ontem; pagamos, sofremos nós, filhos do homem, buscando no céu o que não é de lá, querendo colo sem que nos domem, sem que nos tomem de assalto com afeto e zelo... querendo sem pensar em dar. Os planos vêm pra agradecer; os anjos vêm pra obedecer à sua resignação e ao seu impulso - que o livre arbítrio seja o norte de quem crê, de quem tem pulso pra recomeçar, pra se refazer de um salto. A alma vai permanecer, o amor há de prevalecer e os momentos, minúcias de sonho, de sentimento, serão lágrimas brilhantes de enternecimento pelo nosso voo mais alto.

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