Acho que é a primeira vez que não expresso meus sentimentos com relação ao dia quinze de outubro no dia quinze de outubro. Deve ter sido porque eu trabalhei, estudei, ensaiei minha coreografia em casa pro Bruno ver - e ele fingiu que viu, valeu a intenção - mas não parei pra pensar no meu dia nem na minha profissão. Recebi um email lindo de um aluno querido, um presente de uma aluna particular muito delicada e parabéns da minha mãe e do meu sobrinho, que me dão presente todo ano. De bênção a maldição, já xinguei e agradeci mais vezes do que meus dedos podem contar, e mesmo com tantos percalços, continuo a estudar e a vislumbrar um futuro realmente melhor, com condições dignas de trabalho para os professores de inglês de verdade do nosso país. Quando digo de verdade, me refiro à formação, à qualificação continuada e ao compromisso com a classe, com a profissão e com a disciplina. Apesar de ser uma maçã que caiu da árvore de Tiradentes (sim, existe um parentesco; não, nunca parei para descobrir exatamente qual), não nasci pra ser mártir, e gostaria muito de bater no peito e dizer que minha missão no mundo é iniciar uma revolução, deixar minha marca por esses caminhos bem aqui, na minha própria terra, mas quando vejo essa política, essa República do Café com Leite que só está disfarçada pra quem nunca teve uma boa aula de história, fico descrente demais. Ainda bem que descrença não é sinônimo de desistência. Mais do que cantar ou escrever, ensinar é deixar o seu recado, é transformar com um sorriso, uma opinião, é acreditar que todo mundo pode aprender, é se emocionar com a forma como uma aula pode mudar uma pessoa, duas, várias... para sempre. Ensinar é a minha cachaça, e o que eu recebo, o que eu aprendo, tudo isso vale muito mais que dinheiro de gente grande - vale dinheiro de gente sábia. Parabéns, professores de verdade. Avante!
Com certeza vale, minha amiga! E é porque é feito com muito amor da sua parte! Parabéns por sua profissão! Beijos!
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