Gosto de coisas que você não gosta; vejo em nós diferenças que a você não interessam por não fazerem-se saber. Ouço seus chutes na porta e me questiono sobre o motivo do seu querer, paralisada pela inconsistência dessa história nascida de um instante, projetada por um par de curiosas expectativas. Sinto medo do escuro, mas avanço sem qualquer noção de espaço ou pretensão de mudar meu pensamento. Ventos me carregam e eu te levo comigo em um bolso escondido do coração - te desejo de um jeito errado e desmedido... e tenho medo... e fico no escuro... e te sinto perto, ouvindo aquela música que não me acrescenta, usando aquela gíria que não me representa, constantemente a chutar-me a porta com poses e apelos que de tão abstratos me inocentam. Não passamos de novelos coloridos, envoltos em desejos descabidos... que de tão bonitos nos aumentam, reinventam a nossa razão.
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