Você? Te provaria por curiosidade; vontade não tenho mais. Eu? Continuo a ser enganada por quem me diz que sabe a verdade, que libertador é ter certeza de alguma coisa. Balela! O que me impede mesmo de parar essa loucura é meu medo de ser - por vezes posso parecer indelicada, mas qual! Penso que ninguém pensa mais nisso hoje em dia. O que eu queria? Um carro novo responderia bem a essa pergunta sem levantar suspeita. Acho que vou focar nisso enquanto o mundo se encarrega de proliferar a antiga mania de preencher as próprias horas com receitas alheias. Podia também aprender a cozinhar, ler sobre o intangível ou explorar o improvável, mas tenho a latente impressão de que eu... estou cansada. Sei o que acontece quando as luzes se apagam e até entendo a necessidade de se mudar o paradigma, mas insistir que eu preciso é óbvio demais. Aliás, te acho muito óbvio, e com toda a sensibilidade que te cabe, te acho cético - com todos os excessos da profissão. Pronto: estou pronta para te dizer que vou sobreviver - e você também vai - a quem quer que decida me encontrar no fim da estrada. Quando cai a noite, gato pardo e cobra criada andam juntos em barro grosso de ideias furadas... e animosidade da mais simples.
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