Sombra, névoa e solidão pairam por esses dias em que você é sem estar, um sentir sem tocar em nada. Dedos ávidos correm pelas teclas em busca do seu semblante pensativo, seu querer oprimido pelo sonho de realizar, de ser grande às custas de um bem maior. Somos espíritos livres que se procuram sem saber, e sem saber esperam pelo momento em que tudo fará sentido, como aquele abraço perdido no tempo e no espaço, borboletas pousando sobre cada sopro de vida e soprando energia pelo nosso now and again. Posso ouvi-lo no escuro, novas palavras a esquentar meu corpo frio, amor que fala às paredes para manter-se aceso. Vá, minha bela estrela da noite, vá e brilhe como nunca por onde você passar, enquanto eu me esforço para encontrar no fundo da minha memória aquele seu sorriso aberto, jeito incerto de tirar meus pés do asfalto. Nos atropelos de todo dia grandes muros separam nossas realidades - mera formalidade para seres que, como eu, transitam entre a emoção e as mais belas possibilidades.
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