Já tive mais medo da morte, já vivi com mais receio. O medo de envelhecer não chega nunca; pelo contrário, envelhecer me envaidece, me entusiasma. Ainda tem sido difícil dizer alguns nãos face-to-face, mas não é o medo que poda a minha crista. Penso comigo que talvez seja o chato da situação. Vivo como os outros, rio, choro, respiro, mas ao olhar para dentro, sinto os hematomas da alma a me franzirem a testa - sei que ainda me falta coragem. Ainda que eu mire o sol de olhos abertos, ainda que eu pule do lugar mais alto, ainda que eu escreva o que penso e pense que talvez ainda queiram que eu pague por isso, falta coragem de fazer alguma coisa, qualquer uma... que não me machuque.
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